O Direito de Se Amar Sem Pedir Licença

O autoboicote feminino é um vírus silencioso, um eco que nos ensinaram a repetir desde pequenas. "Não pode isso, não pode aquilo", "Cuidado pra não parecer convencida", "Mulher que se valoriza demais espanta", "Fala menos, sorri mais".

Lisdeili Nobre

3/2/20251 min read

Decidida, Bonita e Cheirosa

O autoboicote feminino é um vírus silencioso, um eco que nos ensinaram a repetir desde pequenas. "Não pode isso, não pode aquilo." "Cuidado pra não parecer convencida." "Mulher que se valoriza demais espanta." "Fala menos, sorri mais."

Ah, mas chega! Março chegou e eu abro alas para a autopromoção sem culpa, para a autoestima sem desculpas, para a mulher que se banca, se ama, se quer – seja para ser milionária, candidata nas próximas eleições, defender causas sociais ou simplesmente porque quer. Quer ser assim: bonita, decidida e cheirosa.

Se tem uma trilha sonora que embala esse Carnaval, é essa:
"Ela primeiro ela, ela segundo ela, ela terceiro ela..."

E quem estiver incomodado, que feche os olhos.

Ela passa, balançando a lace, decidida, bonita e cheirosa. Não pede licença, porque não precisa. Não está esperando validação. Se olha no espelho e vê potência, não defeito. Porque sentir-se poderosa é um direito, não um pedido de permissão.

Não basta ensinar uma mulher a se amar – tem que ensiná-la a não se desculpar por isso. Porque ser mulher com autoestima elevada ainda é um ato de resistência. E mesmo aquelas que rompem essa barreira, que se fazem voz de outras, que levantam bandeiras, ouvem os sussurros das "conselheiras de plantão" que nunca tiveram coragem de fazer nada.

Atenção, mulheres! Ser decidida, bonita, cheirosa e gostosa, e bater no peito dizendo "sou foda", não é ousadia. É direito.

Você não deve satisfações à sociedade pela sua voz, pelo seu brilho, pelo seu desejo de ser grande.

Então, que fique claro: neste Março, e em todos os outros meses, a nossa autoestima vai ficar em alta!

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Sobre a Autora

Lisdeili Nobre é doutoranda e mestre em Políticas Públicas, especialista em Planejamento de Cidades, docente de Direito, cronista, delegada de polícia, produtora e roteirista de TV. Sua experiência une o olhar acadêmico e a prática em desenvolvimento de políticas para abordar temas relevantes da sociedade, cultura e economia.

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