Defesa do direito das mulheres: um desafio urgente.

A luta pela sobrevivência das mulheres não é uma causa tão somente de militância, mas principalmente de políticas públicas que protejam e defendam a integridade física e moral dessas mulheres, além disso, a necessidade de ações efetivas que garantam a segurança e promova a igualdade de direitos.

Nesse mês (março), quando várias homenagens são dedicadas as mulheres, é válido lembrar que os números de feminicídio são alarmantes, exigindo ações legislativas e judiciárias mais eficazes de combate aos crimes que ameaçam primeiramente o direito a vida e violam a dignidade humana.

Mas de que forma é possível mudar de fato essa realidade?

Enquanto não houver representantes comprometidos em legislar de modo eficiente com políticas públicas para mulheres e os poderes responsáveis não atuarem adequadamente para fazer cumprir o que determina a lei, continuaremos acompanhando as estatísticas sem grande evolução.

Os debates e discussões em torno da problemática são necessários para chamar a atenção das pessoas para um padrão de comportamento social destruidor, mas são as práticas integradas ao poder público que fazem a diferença, principalmente na implantação de projetos que acolham e promovam as vítimas para que sobrevivam e encerrem o ciclo de violência, retirando-as dessa condição de vulnerabilidade.

Os abusos e atos de violência contra a mulher, também revelam uma crise de valores morais, onde princípios básicos são ignorados. Tentar justificar ou abonar a culpa do agressor também revela um desvio de caráter cidadão, numa tentativa de legitimar posturas que não podem se quer serem consideradas como normalidade.

Destaca-se ainda nesse contexto, os movimentos de força, que representam e beneficiam o bem comum, dando voz a essas realidades, provocando importantes reflexões e pressionando as autoridades para que ajam com celeridade.

Por uma sociedade mais justa e igualitária, para que os direitos sejam respeitados e os deveres cumpridos, todos se tornam responsáveis.

SOBRE a autora
Larissa Araújo é administradora com ampla formação em gestão pública e mais de 15 anos de experiência em atendimento ao público. Atuou no setor privado, com foco em gestão de pessoas, e agora, pela Afirmativa, contribui para a formação de agentes públicos e o desenvolvimento de projetos de gestão. Também é cronista e analista política em diversos blogs, além de produtora e apresentadora dos programas Cidade Inteligente, PODiCONTAR e Politiza Lis.