AS REALIDADES SOCIAIS ENVOLVIDAS NA MAGIA DO NATAL.

Para o Cristianismo o Natal é uma das datas comemorativas mais importantes do calendário religioso, celebrando o nascimento de Cristo, envolvendo os cristãos e pessoas adeptas a diversas reflexões, evidenciando valores e princípios que destacam a família como célula mãe da sociedade.

NATALREALIADES SOCIAIS

Larissa Araújo

12/23/20242 min read

Para o Cristianismo o Natal é uma das datas comemorativas mais importantes do calendário religioso, celebrando o nascimento de Cristo, envolvendo os cristãos e pessoas adeptas a diversas reflexões, evidenciando valores e princípios que destacam a família como célula mãe da sociedade. Existem outras teorias sustentadas por alguns historiadores mundo afora em relação à comemoração natalina, considerando que a data atribuiu características seculares, se tornando uma das épocas de maior influência em diversos setores.

Podemos até citar alguns sinais dessa secularização, a comercialização em razão da data por exemplo, embora criticada por alguns socialistas que "condenam" o capitalismo e religiosos extremistas, não podemos negar que se faz importante nesse contexto, pois movimenta as finanças e favorece a economia do País.

Porém, além disso, também tem se observado como um comportamento secular, mesmo envolvidos pela magia da grande noite, onde a maioria se reúne em volta de uma mesa farta, envoltos de pacotes de presentes, associado a uma ideia de abundância, também tem tido efeito reverso, através do individualismo, é uma consequência notória de um padrão social radical, onde as pessoas não se sentem mais tão incomodadas com as desigualdades sociais, e justificando estatisticamente outro fator, o número crescente de pessoas ateias, uma pesquisa datafolha de 2022 inclusive, apontou um crescimento expressivo de brasileiros que se autodeclararam " sem religião", principalmente entre os jovens.

Manter uma cultura que induz um comportamento solidário, numa era onde as pessoas acreditam serem cada vez mais auto suficientes com o auxílio da tecnologia é um desafio. Racionalizar as emoções não é o problema, a questão é que não podemos perder a essência daquilo que nos faz igualitários em nossas necessidades, por uma questão de humanidade não podemos ignorar os que passam fome, estão enfermos, em situações de violência ou qualquer outra vulnerabilidade que fragiliza todas as estruturas sociais compostas pela espécie humana. É imprescindível para a sobrevivência da raça, considerar os apelos sociais num contexto de abandono e escassez.

Geralmente, é também nessa época do ano onde as instituições filantrópicas recebem mais auxílios financeiros e materiais de empresas privadas, que promovem campanhas internas ou públicas, manifestando a razão social das organizações, uma estratégia de marketing adotada para valorizar as marcas, posicionando-as de forma prestigiosa no mercado e consequentemente também beneficiando as casas de apoio que são dependentes dessas movimentações e de um assistencialismo voluntário para manterem ativos os trabalhos de obras de caridade.

Seja crente ou ateu, o ideal é que sejamos todos adeptos a uma corrente do bem, que promova a dignidade humana, ainda que ocorra de modo sazonal, prevalece a esperança na humanidade, no poder de transformação, que o brilho dessas noites, iluminem as realidades mais obscuras, e assim como a estrela de Belém guiava a família de Nazaré, possa também guiar os corações generosos em favor de quem mais precisa, tornando mais significativa a nossa existência, na perspectiva de sermos cada vez melhores e utilitários uns aos outros, nesse universo de energias, que de muitas formas nos unem, e nos fazem vivenciar experiências incríveis. Bom natal, de boas atitudes!