A liberdade que ainda nos prende ao racismo.
Livres das correntes de ferro, mas ainda presos ao racismo estrutural.
RACISMO
LARISSA ARAÚJO
5/14/20252 min read


13 de maio é uma data histórica para o nosso País, abolição da escravatura que aconteceu no ano 1888, com assinatura da lei áurea que decretava o fim da escravidão no Brasil. Foram décadas de luta até o marco da conquista da liberdade e o Brasil foi o último país das Américas a abolir as práticas de exploração. E atualmente, a luta continua, agora sendo contra o racismo estrutural e a desigualdade social.
Diversos fatores contribuíram para a abolição, como a pressão internacional, a crescente influência das ideias liberais e o desenvolvimento econômico que apontava para a necessidade de uma força de trabalho livre. O movimento abolicionista ganhou força no século XIX, com a participação de diferentes setores da sociedade que questionavam a justiça e a ética da escravidão.
Justiça e ética, duas palavras que necessitam de ações práticas na contemporâne idade, em vista dos diversos casos registrados de intolerância e violência contra os negros.
A abolição da escravidão representou um marco na história da luta contra a escravidão, reconhecendo a liberdade e a dignidade de todos os seres humanos. No entanto, a abolição não foi acompanhada de medidas que garantissem a igualdade social e econômica da população negra, o que resultou em um processo de exclusão social e econômica.
Os negros ficaram livres das correntes de ferro e do tronco que os castigavam, mas muitos ainda estão presos ao preconceito enrustido ou ao racismo que escancara a falta de respeito a dignidade humana, o fato histórico, assinado em papel, não foi suficiente para garantir a plena integração da população negra na sociedade, e com o tempo, essa falha, para ser corrigida gradativamente, iniciou um processo chamado de sistema de cotas em diversos setores e áreas sociais com o objetivo de reparar as desigualdades que impactam diretamente nas oportunidades de acesso.
Nesse contexto, vale ressaltar, a necessidade de políticas públicas voltadas para a causa, políticas de inclusão, que possam diminuir a disparidade causada pelo racismo estrutural, leis mais eficazes e um sistema educacional adequado para auxiliar na reconstrução de um padrão comportamental que ainda oprime e separa as pessoas nas mais diversas realidades.